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A Família Addams andava sumida. Inspirada nas tirinhas criadas por Charles Addams nos anos 1930, a franquia não aparecia nos cinemas desde 1993, quando um segundo filme sucedeu o original de 1991. Antes, o maior sucesso veio com a adaptação dos quadrinhos para uma série de televisão da década de 1960.

Ansioso pelo retorno, com uma espécie de nostalgia, fui assistir à animação do estúdio Universal, atrás da família desconexa e de seus tradicionais trocadilhos irreverentes baseados em um humor para lá de mórbido. E me decepcionei.

Há piadas mórbidas, é verdade. Mas o filme tenta ganhar “atualidade” com abordagem sobre bullying e, no fim das contas, contra preconceito e a favor de liberdade. Ótima, ideia, mas mal realizada.

Os curtos 86 minutos estão centrados em Wandinha querendo explorar a nova cidade construída na região onde moram os Addams, com seu irmão Feioso passando por uma espécie de bar-mitzvah para ser considerado oficialmente membro da família.

O problema é que os Addams sempre foram estranhos e o tom visto em tela beirava o absurdo. Na animação, eles agora estão mais normais, sem os exageros tradicionais. Aí veem os temas bullying, liberdade, preconceito. Mas as piadas mórbidas ficam desconexas, em menor escala.

O roteiro caracteriza a família como uma incompreendida, um grupo de seres quase normais que a sociedade descaracteriza. Não, os Addams originalmente são diferentes, e isso é ótimo. Respeitar a diferença vista neles é o aprendizado.

Uma pena. Não é, evidentemente, uma animação ruim. Mas ficou comum.

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A Família Addams / The Addams Family

CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO

Ficha técnica:

Ano: 2019

Direção: Greg Tiernan e Conrad Vernon

Roteiro: Matt Lieberman

Elenco (vozes): Charlize Theron, Chloë Grace Moretz e Oscar Isaac

Gênero: Animação