Alexandria
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Alexandria ficou aqui em casa um tempão. Não me apetecia, apesar de eu gostar bastante de filmes históricos. Estava enganado. Mesmo um tanto longo, vale o ingresso.
Espanhol, mas falado em inglês, o filme relata a história de Hipátia (Rachel Weisz), filósofa e professora em Alexandria, no Egito, entre os anos 355 e 415. Aliás, o nome em português (no original é Ágora) deveria ser outro, pois não se trata da história da cidade. Única personagem feminina do filme, Hipátia ensina filosofia, matemática e astronomia na Escola de Alexandria, junto à Biblioteca. Busca solucionar o enigma sobre a rotação da Terra em relação ao Sol.
Resultante de uma cultura iniciada com Alexandre Magno, passando depois pela dominação romana, a Alexandria da obra é agitada por ideais religiosos diversos: o cristianismo passa de religião intolerada para intolerante, em difícil convívio com o judaísmo e a cultura greco-romana.
Polêmica, a obra foi censurada no Egito, por, segundo os censores, conter cenas que insultam o cristianismo. Balela. Há, sim, uma forte crítica ao fanatismo e à falta de inteligência de quem se diz mais inteligente.
É bacana que a Espanha tenha produzido um filme que parece holywoodiano. Geralmente pensamos no país com obras alegres ou cheias de latinidade. Alexandria é a prova de que em qualquer parte do mundo um bom assunto é sempre um bom assunto e que é possível produzir bons filmes “desrespeitando” estereótipos.
Alexandria / Ágora
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Alejandro Amenábar
Produção: Álvaro Augustín, Fernando Bovaira, Simón de Santiago, José Luis Escolar e Jaime Ortiz de Artiñano
Roteiro: Alejandro Amenábar e Mateo Gil
Elenco: Rachel Weisz, Max Minghella, Oscar Isaac e Rupert Evans
Gênero: Drama
Ano: 2009
É bacana, Renata. Assista.
Gosto de história antiga e gosto de Rachel Weisz. Vou ver.