Mad Max – Estrada de Fúria

Mad Max – Estrada de Fúria

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As críticas a Mad Max – Estrada de Fúria têm sido praticamente unânimes: filmaço. É mesmo. Confesso que fiquei um pouco saudosista. Talvez por isso não tenha gostado de Max ser quase mudo – o filme deveria se chamar Furiosa, a personagem secundária de Charlize Theron que assume o protagonismo. Mas não há como negar que é o longa com mais ação realista que já vi. Sem descanso. Insano. E, por isso, precisa ser visto… because we don’t need another hero.

Logo de cara, Max, ao lado de seu Ford Falcon Coupé 1974, é capturado pela gangue de Immortan Joe, que mantém servos escravizados em troca de água. Em seguida, Furiosa, uma das mulheres de Immontan Joe, sai em missão, mas trai o imperador. Ela quer sua liberdade, mas também a das adolescentes mantidas em um harém para procriação. Os War Boys, que endeusam o líder, saem à caça dela, levando Max a tiracolo.

Essa sinopse já mostra que Max está no pós-apocalipse, no qual água e combustível são valiosíssimos. O mesmo pós-apocalipse que os três primeiros filmes da série trouxeram, consagrando Mel Gibson e o diretor George Miller. E aí está um ponto interessante: além do Ford Falcon (um ícone da indústria automotiva australiana), há uma série de referências às obras anteriores.

Se em Mad Max – Além da Cúpula do Trovão (o terceiro, com Tina Turner) havia os vilões Master (o anão) e Blaster (o grandalhão), agora surgem os irmãos Rictus Erectus e Organic Mechanic, filhos de Immortan Joe. Qualquer semelhança não é mera coincidência…

A história por trás de Mad Max – Estrada da Fúria é interessante. Após o sucesso da trilogia original nos anos 1980, uma continuação parecia óbvia. Em 2003, George Miller e Mel Gibson estavam prontos para Mad Max 4, mas a dificuldade em filmar na Austrália adiou a produção e o ator pulou fora. Azar de Gibson.

Miller, então, tratou de rechear o elenco com nomes de peso da nova geração, com Tom Hardy e Charlize Theron à frente. Ela manda e desmanda no longa. É sua alma. Já Hardy, caladão (deve ter umas 10 frases no longa), não empolga. A dupla não seria a mesma sem Nicholas Hoult, que interpreta o War Boy Nux, que fala por ele e por Max.

Estes são três dos muitos personagens, alguns bizarros. O mais estranho deles é o guitarrista cego que acompanha a caçada, tocando com batuqueiros no carro vizinho. É hilário, mas condizente com o universo Mad Max.

Vale destacar que não é apenas uma questão de ter muita ação. Os dois Os Vingadores têm ação a cada segundo… mas em Mad Max tudo está em movimento, em cima de carros, o tempo todo, honrando a ideia original de Miller construir um filme de perseguição de automóveis (não uma saga apocalíptica). Sobre rodas, os olhos do espectador não param.

O filme não é perfeito… longe disso. O protagonista não brilha e há incongruências no roteiro (mesmo sem litros e litros de sangue, Max continua forte, por exemplo). Mas são duas horas de tirar o fôlego.

Mad Max – Estrada de Fúria / Mad Max: Fury Road 


CLASSIFICAÇÃO: PARE TUDO E VÁ VER! 


Ficha técnica:
Elenco: Tom Hardy, Charlize Theron, Nicholas Hoult, Hugh Keays-Byrne, John Howard, Zoë Kravitz, Rosie Huntington-Whiteley, Riley Keough, Josh Helman, Nathan Jones, Richard Norton e Megan Gale
Ano: 2015
Duração: 120 min.
Direção: George Miller
Gênero: Ação

Categorias: Ação

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