Mães Paralelas
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Mães Paralelas é um típico filme de Pedro Almodóvar. Foco nas mulheres, uma narrativa “novelesca”, a fotografia e a direção de arte caprichadas. O novo filme do diretor espanhol tem todos os pontos que já eternizaram seu trabalho. E isso, evidentemente, é ótimo.
Em meio ao vermelho e amarelo, que pulula na tela em roupas, móveis e demais objetos, o espectador acompanha a história de Janis (Penélope Cruz) e Ana (Milena Smit), que se encontram pela primeira vez no hospital quando estão prestes a dar à luz. Ambas são mães solteiras e não planejaram ter filhos. Porém, Janis é uma fotógrafa estabelecida profissionalmente, enquanto Ana é uma adolescente.
Ao longo do filme elas se cruzam muitas vezes. São amigas, têm bebês recém-nascidos, se dão bem. E Almodóvar manda o recado unindo subtramas, como a de Janis e o pai de sua filha, um homem casado que a ajuda a desenterrar, literalmente, vítimas da ditadura espanhola em seu povoado.
Almodóvar conecta diretamente a ditadura espanhola à história de Janis e Ana. Há um histórico de mães solteiras criando os filhos de pais assassinados.
A bela trilha sonora de Alberto Iglesias e a performance intensa de Penélope Cruz estão indicadas ao Oscar.
O filme não é perfeito. Quando chega o momento de mais intensidade no drama, Janis, a mulher tão forte, fica apática. E permite que Ana tome uma atitude que afetará a vida de ambas. Não combina com o que se vê até então na tela.
O lapso não tira o crédito de mais um belo filme de Almodóvar. Seu melhor filme? Nâo. Mas vale bastante assistir.
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Mães Paralelas / Madres Paralelas
CLASSIFICAÇÃO: VALE (BEM) O INGRESSO
Ficha técnica:
Ano: 2021
Duração: 123 min.
Direção: Pedro Almodóvar
Roteiro: Pedro Almodóvar
Elenco: Penélope Cruz, Milena Smit, Israel Elejalde, Aitana Sánchez-Gijón e Rossy de Palma
Gênero: Drama