Na Natureza Selvagem
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Fascinante. Essa é uma palavra que resume este belo filme. Mas posso citar outras: inovador, revelador, instigante, sensacional… Exagero? Não. Na Natureza Selvagem é sem dúvida um dos cinco melhores que já assisti. É daqueles que não se aposta e já pelo nome parecem ser uma chatice. (lembra até um documentário da TV Cultura, com muitos bichos). Esqueça isso. Invista nesse filme! A recompensa virá.
Quando decidi assisti-lo não estava convencido em ser a melhor opção. Não sabia que foi considerado por muitos como o injustiçado de 2008 no Oscar, premiação que teve duas indicações, melhor ator-coadjuvante e melhor montagem, sem abocanhar nenhuma delas. Também não sabia que era dirigido e roterizado por Sean Penn.
A primeira informação soube há pouco, ao pesquisar para escrever este texto. A segunda, sobre o diretor, chegou logo após o filme, com os letreiros. Mas das “novidades”, a que mais me impressionou foi a indicação ao Oscar de ator-coadjuvante. Incrível. O cara indicado é um ator velhinho chamado Hal Holbrook (foto do octagenário está no link), que entra no filme apenas no final, já próximo do desfecho. E é puro êxtase (perdão Roberto Frejat). Ele faz no máximo 10 cenas, mas em todas é espetacular. A sua participação final é uma raridade, que merece ser vista e revista. É o ponto alto do filme, marcante, singelo, emocionante.
Mas o filme não é só Hal Holbrooke seu Ron Franz, apesar de, repito, ele ser um espetáculo à parte. É também Emile Hirsch, o protagonista. Ele faz (e aqui vai um protesto pela injustiça de ele não ter sido indicado à premiação holywoodiana) o loucão que, recém-formado, decide viajar sem rumo pelos Estados Unidos, querendo chegar ao Alasca, sem qualquer dinheiro no bolso (ele chega a queimar a grana que tinha, e era bastante). A batida história, real, contada em livro de Jon Krakauer, é de Christopher McCandless, que fez esta viagem no início da década de 90. Ele passa a conhecer pessoas que mudam sua vida – e ele passa a mudar a vida das pessoas.
Emile Hirsch ficou conhecido por fazer Alpha Dog (bom filme) e em Na Natureza faz par com a hoje mundialmente famosa Kristen Stewart, a Bela de Crepúsculo. Aliás, um à parte: nesta semana o vampiro Robert Pattinson afirmou que só fez o teste para o filme porque viu Kristen em Na Natureza e achou sua interpretação um absurdo de boa. Kristen e o protagonista não são um casal. Mas “pretendem” ser. Ela é filha de um casal hippie, que também viaja pelos estados americanos.
Para não ser injusto e só falar dos atores, lembro que o diretor e roteirista é Sean Penn. Jamais vi outro filme dele (e pelo que li há um anterior ruim). Mas com este ele já me conquistou. A montagem, a cargo de Jay Cassidy, é… (caramba, não tenho mais adjetivos…). A fotografia também. Por fim, a música. Fãs do Pearl Jam, preparem-se: toda a trilha é do vocalista Eddie Vedder, que ganhou o Globo de Ouro por melhor canção para cinema (chamada de Guaranteed – clique pra ver o clipe). O diretor encomendou a trilha a seu amigo cantor. Banjos, muito violão e a sonoridade crua de folk americano estão por toda a obra. Um trabalho poético, delicado.
Bom… um filme muito elogiado já sai perdendo quando vamos vê-lo (e estou com aquela sensação de que esqueci algum elogio!). A expectativa cresce e acabamos não achando “tudo isso”. Espero que quem ainda não viu Na Natureza Selvagem não passe por isso.
Ficha técnica
Na Natureza Selvagem / Into the Wild
CLASSIFICAÇÃO: PARE TUDO E VÁ VER
Elenco: Emile Hirsch, Hal Holbook, Marcia Gay Harden, William Hurt, Jena Malone, Brian Dierker e Kristen Stewart
Duração: 140 min.
Gênero: Drama
Direção: Sean Penn
Sean Penn é um safado, pq esse filme tinha tudo p/ q eu detestasse, mas aí entram vários "clipões" de Eddie Vedder e a vida ao relento, hehehe…
Bom filme, a Kirsten tá bem pacas.
Quanto ao cara, infelizmente ele se pirulitou da família antes do Nirvana surgir. Se ele tivesse esperado mais um ano, afogava seus anseios escutando smells like teen spirit e usando camisas de flanela em vez de se ferrar dessa maneira (aliás, qdo chega no Alasca, a tapadice dele se revela de forma mastodôntica)
Não tenho tantos adjetivos assim para o filme, mas é realmente muito bom. O ator é muito bom -ele quase some de tão magro que fica ao longo do filme – e a música também. Mas confesso que não me lembrava da mocinha de Crepúsculo! rs…
Eddie Vedder é 'timais'
mto bom o filme!