Amelia
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Uma história bacana, mas com roteiro e direção fracos. Amelia, de 2009 (tem um brasileiro de 2000 com o mesmo título), narra a vida da lendária pilota americana Amelia Earhart, que conquistou marcas incríveis e virou símbolo de liberdade nos Estados Unidos: foi a primeira mulher a cruzar o oceano Atlântico em um avião, de duas formas, pilotando ou no comando (com um homem pilotando).
A obra pega de 1928 a 1937, ano que Amelia, depois de vários feitos, decide ser a primeira pessoa (homem ou mulher) a cruzar todo o mundo à bordo de um avião. Dois personagens dividem as atenções com a protagonista: George Putnam, seu marido, e Gene Vidal, seu amante. Este último, por sinal, foi pai de Gore Vidal, o escritor, que também aparece com destaque.
Mas o filme não “engata”. Tem poucos momentos de emoção – estou sendo otimista, pois são bem raros mesmo. A ótima Hilary Swank interpreta Amelia (também foi a produtora do filme), enquanto Richard Gere faz seu marido e Ewan McGregor, o amante.
O elenco de primeira (com exceção de Gere, que raramente faz filme bom) merecia uma melhor sorte. Amelia teve uma vida aventureira, cheia de emoções, em nada retratadas no filme. Há passagens sem sentido, que parecem que vão levantar o filme, mas acabam sendo só… passagens. Assim também acontece com personagens, como a aviadora Elinor Smith, interpretada por Mia Wasikowska. Ela aparece, entra na trama e, de repente, some, sem qualquer explicação.
A história lembrou-me muito a vida do magnata da aviação Howard Hughes, retratada em O Aviador, filme que é bem melhor. Mas só a história – não o filme. Uma pena.
Amelia / Amelia
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica:
Direção: Mira Nair
Elenco: Hilary Swank, Richard Gere, Ewan McGregor, Christopher Eccleston e Mia Wasikowska
Duração: 111 min.
Gênero: drama
Roteiro: Anna Hamilton Phelan e Ronald Bass, baseado nos livros “East to the Dawn: The Life of Amelia Earhart”, de Susan Butler, e “The Sound of Wings: The Life of Amelia Earhart”, de Mary S. Lovell
Produção: Hilary Swank, Lydia Dean Pilcher, Kevin Hyman e Ted Waitt
Concordo. Um filme que tinha tudo para ser muito bom, mas que se torna capenga. Não segura a história. E a Hilary foi uma decepção. Morna para alguém que já ganhou dois Oscar.