O Equilibrista

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Aqui vai mais um texto sobre documentário. Gosto do gênero. E tenho pego uma leva das boas nas recentes semanas. Agora é a vez de O Equilibrista, que refaz a maior aventura de Philippe Petit, a realização de seu sonho: o dia em que o francês andou por 45 minutos entre as duas torres do World Trade Center, em Nova York, sobre um cabo de aço. Ah, claro, um detalhe: sem qualquer proteção!

Nada entendo sobre equilibristas, mas o homem só pode ser um dos melhores, senão o melhor, da história. Afinal, como mostra o filme, andou sobre a catedral de Notre Dame, sobre uma baita ponte na Austrália e, enfim, sobre as torres gêmeas. Por meio de imagens de arquivo, entrevistas recentes e reconstituições dramatizadas, o filme é uma reconstituição da vida de Petit, mas sem perder o objetivo dele desde a adolescência: o WTC.

Há um “clarão” na obra, que, claro, merecia mais atenção. De 2008, o filme, vencedor do Oscar de Documentário, simplesmente ignora que sete anos antes as torres simplesmente deixaram de existir. É um amor tão grande de Petit pelo WTC que fica incompreensível a falta de citação ao ataque terrorista.

Entendo que este não era o foco e que o longa tem outro tom, de alegria e superação, mas o homem podia ter dado um depoimento sobre o assunto. Pelo menos isso.

É incrível como uma pessoa pode se especializar em algo tão perigoso e, no fundo, sem importância. Sem importância? Será?

O Equilibrista / Man on Wire

Ano: 2008
Duração: 94 min.
Gênero: Documentário
Direção: James Marsh
Elenco: Philippe Petit, Annie Allix, Jean-Louis Blondeau, Ardis Campbell, David Forman, Barry Greenhouse, Jean François Heckel e Jim Moore