O Mínimo para Viver
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O cinema ainda tem assuntos a serem explorados. É o que prova O Mínimo para Viver. Ok, não é “cinema”, já que não passou em uma telona de sala escura, pois é filme da Netflix, mas é filme… e dos bons.
Ellen (Lily Collins) é a protagonista. Ela é anoréxica. Conta as calorias de cada alimento em seu prato. É fissurada por abdominais, ao ponto de machucar a pele das costas de tanto contato com o chão… ou a cama, ou o travesseiro, pois ela aproveita qualquer lugar para perder peso. O mesmo acontece com as caminhadas… se a proíbem de sair de casa, anda pelo quarto mesmo, centenas de voltas.
O filme ensina como é grave o distúrbio.
Ellen é encaminhada a uma clínica, a última esperança da madrasta e da meio-irmã. William Beckham (Keanu Reeves), o médico que a recebe, a trata com indiferença. E aí está o trunfo dele.
Na clínica, uma casa que reúne anoréxicos e bulímicos, há personagens com diferentes histórias. Ponto positivo é Luke, interpretado com brilhantismo por Alex Sharp. Ele é o paciente mais próximo da recuperação, a válvula de escape dos demais.
O longa peca em situações novelescas, como na cena em que Judy (Lili Taylor), a mãe de Ellen, coloca a filha, adulta, com uma mamadeira em seu colo. E há situações não explicadas: o pai que nunca aparece, a menina gorda que faz tratamento junto com quem sofre de bulimia e anorexia.
Mas é um roteiro instigante pela novidade, talvez não para todos, mas para muitos.
O Mínimo para Viver / To the Bone
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Ano: 2017
Duração: 107 min.
Elenco: Lily Collins, Keanu Reeves, Carrie Preston, Lili Taylor, Alanna Ubach, Liana Liberato, Kathryn Prescott, Ciara Bravo e Alex Sharp
Direção: Marti Noxon
Gênero: Drama