Orfeu Negro
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Vencedor do Oscar e do Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Estrangeira (1960), além da Palma de Ouro em Cannes (1959). São prêmios que pouquíssimos filmes têm. Ainda mais de um brasileiro. Mas Orfeu Negro, que foi celebrado com todos estes, pode ser resumido por sua música-tema, Felicidade, de Tom Jobim: “tristeza não tem fim, felicidade, sim”. É um tristeza de produção, caricata, ruim.
Um ponto resume o filme: passado no Brasil, em 90% do tempo os personagens dançam. Ou melhor, pulam, pois se mexem com um samba totalmente diferente do atual. Não é exagero. O filme não é musical, mas os personagens não param de sambar.
A história, primeira versão cinematográfica da peça Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes, transpõe o mito grego de Orfeu e Eurídice, uma trágica história de amor, para os morros do Rio de Janeiro, durante o Carnaval. A morte persegue Eurídice, e Orfeu tenta salva-la.
O único ponto que gostei foi ver os desfiles de Carnaval de antigamente – que à época da produção – 1958 – eram contemporâneos: Portela e Mangueira surgem na avenida, com, mestre-sala, porta-bandeiras, alas…
O filme foi um dos marcos fundadores da Bossa Nova, trazendo músicas clássicas do gênero assinadas por Tom Jobim, Vinícius, Luiz Bonfá e Antonio Maria, como Felicidade, Manhã de Carnaval e O Nosso Amor.
Dos atores, a única que seguiu carreira foi Léa Garcia, que interpretou a prima de Eurídice, Serafina. Depois ela fez a vilã na novela Escrava Isaura de 1976, entre outros papéis. A mais bonita do filme, Lourdes de Oliveira (que faz Mira), sumiu do cinema.
Breno Mello, o Orfeu, antes de virar ator tentou a vida como jogador de futebol – e depois não emplacou nas telas. A americana radicada na França Marpessa Dawn fez Eurídice (ela foi dublada em português no filme) – e nada mais de fama. A coincidência é que ambos atores morreram em 2008, ela no mês seguinte a ele.
Quem viu Orfeu, de 1999, com Toni Garrido, pode ver este, pois é bem diferente. Vale pelo valor histórico da produção nacional – em parceria com França (o diretor é o francês Marcel Camus) e Itália. Só.
Ah… importante: mesmo sendo de Filme em Língua Estrangeira, o Oscar foi creditado à França (o filme é em português!), por causa da naturalidade do diretor.
Orfeu Negro
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica:
Direção: Marcel Camus
Roteiro: Marcel Camus
Produção: Sasha Gordine
Edição: Andrée Feix
Gênero: Drama
Música: Tom Jobim e Luiz Bonfá
Elenco: Breno Mello, Marpessa Dawn, Lourdes de Oliveira e Léa Garcia
cara vi esse filme ontem a noite amei eu adoro ver como as pessoas se comportavam e vestiam antigamente e ver o rio em 1959 foi magnifico,moro em recife,e aki vi esse filme no canal 11 e esqueci o nome do canal adorei o fil amo filmes antigos! bjs belo post 🙂
Elizangela Ramos
Ok, vou ser mais boazinha: tem duas coisas legais no filme: as crianças e a sacada legal para relatar a busca de Eurídice por Orfeu no Brasil. Só.
Não é musical, apesar de tentar ser. Ruim mesmo. Mas tem valor histórico.
A classificação do filme está errada. O correto é: Não espere nem a sessão da tarde. É quase insuportável ver o filme. Primeiro, porque mostra um Brasil com a imagem que gringo adora (por isso eles acreditam que aqui só tem macaco) e segundo, porque é um musical de uma música só. Totalmente chato (apesar da música ser bonita).