Palácio das Ilusões
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Jane Austen é a mais celebrada escritora de língua inglesa. Ok, talvez uma das mais celebradas (mas eu não lembro de outra tão famosa). Palácio das Ilusões é uma adaptação a seu livro Mainsfield Park. E o termo é esse mesmo: adaptação. A diretora Patricia Rozema toma como base os escritos da autora, mas só como base.
De 1999, o filme transforma a heroína Fanny Price em uma jovem inteligente e assertiva. No livro, ela é, digamos, mais tonta. As características na tela são uma homenagem à própria Jane Austen, pois a diretora decidiu que a personagem teria falas tiradas das cartas que a escritora enviava, entre outros, à sua irmã.
Mais: há enxertos críticos à escravidão, não vistos no livro e até mesmo nas demais versões cinematográficas da obra.
Mas essas adaptações não significam uma perda ao filme, que consegue levar o espectador em uma boa toada, curioso por saber o fim do romance.
A história começa com uma jovem Fanny, de 12 anos de idade, indo morar de favor em Mansfield Park, uma mansão (desta vez não um castelo) de Sir Thomas Bertram. Sua tia trabalha lá e consegue à menina uma vaga para ajudar nos afazeres de casa. Inteligente e estudiosa, ela logo se torna amiga de Edmund, filho mais novo do ricaço.
O tempo passa e Fanny se torna uma bela mulher, que acaba chamando a atenção de Henry Crawford, um simpático nobre que se apresenta de todas as maneiras como bom partido. Menos para ela, de olho no amigo Edmund.
É mais uma história de amor ao estilo Jane Austen, na época preferida dela: precisamente, o filme se passa em 1806.
Quem gosta do estilo dará um tiro certeiro ao assisti-lo. Não é o melhor filme sobre livros de Austen: as duas versões de Orgulho e Preconceito (a com Colin Firth e esta outra, mais famosa) são melhores. Mas é bom.
Palácio das Ilusões / Mainsfied Park
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Patricia Rozema
Elenco: Frances O’Connor, Alessandro Nivola, Embeth Davidtz, Harold Pinter e Jonny Lee Miller
Gênero: Drama
Duração: 112 min.
Ano: 1999