Território Restrito
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Território Restrito está completando 10 anos, mas mostra-se atualíssimo. Aborda a migração aos Estados Unidos com diferentes visões: vigilância de fronteiras, fraude de documento, direito a asilo, obtenção do green card, emprego de para quem está em situação ilegal, combate ao terrorismo. Só faltou a construção de um muro entre países. Mas para isso a realidade superou a ficção… não é, Donald Trump?
Harrison Ford pode ser considerado o protagonista, mas o filme é no estilo consagrado por Crash – No Limite: uma série de personagens inicia o longa sem ligação, mas aos poucos as histórias se cruzam.
Ford é Max Brogan, agente da Imigração e Fiscalização Aduaneira, em Los Angeles. Seu cotidiano é prender imigrantes ilegais, geralmente em operações que flagram trabalho ilegal. Seu parceiro é Hamid Baraheri (Cliff Curtis). Ainda há a advogada de defesa Denise Frankel (Ashley Judd) e o marido dela, Cole (Ray Liotta), que julga as solicitações feitas.
A brasileira Alice Braga faz uma participação, como uma mãe que cruza a fronteira com o México com o filho, mas obrigada a perder contato com ele ao ser presa.
Quem é mocinho no fim pode ser bandido. E vice-versa. Foi dirigido e escrito por Wayne Kramer, um imigrante da África do Sul.
É um bom filme, mas fica longe da qualidade de Crash, por exemplo. Há falhas na história, como a australiana que tem de se submeter a uma chantagem sexual. Uma situação forçada, em que ela teria outras possibilidades, ignoradas pelo roteiro.
Também não se explica como uma adolescente ilegal estuda normalmente, mas, quando o diretor de sua escola quer, a denuncia.
Boa opção para um assunto ainda em voga. Mas poderia ser melhor.
Território Restrito / Crossing Over
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Duração: 112 min.
Ano: 2009
Direção: Wayne Kramer
Elenco: Harrison Ford, Ray Liotta, Ashley Judd e
Gênero: Drama
