Hebe – A Estrela do Brasil

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A TV Globo colocou no ar na semana passada a minissérie Hebe. E aí me bateu a curiosidade de assistir ao filme Hebe – A Estrela do Brasil. A minissérie promete ser mais abrangente. Mas o longa é uma gracinha!

Interpretar Hebe Camargo não é simples. Por anos a queridinha do Brasil, Hebe marcou época por seu carisma e por seu jeito espontâneo. E é assim que Andrea Beltrão encarna a apresentadora. Andrea não exagera, não avança para a caricatura. Sua Hebe é exata.

Além de mostrá-la como uma voz ativa em defesa da comunidade LGBT, justamente em um momento pós-ditadura militar, com um suposto fim da censura, a produção narra a transição da Hebe de uma emissora para outra após seguidas tentativas de cercear sua voz. Nos anos 1980, o Brasil iniciava seu processo de redemocratização e o fantasma da censura era de carne e osso.

No filme do diretor Maurício Farias, Hebe é retratada como uma verdadeira heroína, dando a cara a tapa sem receio. O único senão é ela, mesmo sendo defensora da democracia, apoiar Paulo Maluf, então oposto da redemocratização brasileira. Tudo real, Hebe adorava o político. Dicotomia que tem como resposta dela a alegação de que em um país democrático se pode votar em quem quiser. Ela tinha razão.

O longa também aborda bastante a vida pessoal de Hebe, em especial suas discussões com o ciumento marido Lelio (também em bela interpretação de Marco Ricca).

Como era de se esperar, a nostalgia é importante dentro da narrativa. Tudo evoca os anos 1980. Dercy Gonçalves, Roberta Close, Chacrinha, Silvio Santos, ícones da década (assim como Hebe).

O filho de Hebe, Marcello Camargo, já afirmou que não gostou do longa. Segundo ele, vários trechos estão distantes da realidade e do comportamento da apresentadora. “Não reconheci minha mãe”, disse. Mas ele se apega a detalhes como a mãe jamais ter jogado microfone no chão (há uma cena assim logo no início) e ele não ter bebido com funcionários da mansão no bairro do Morumbi.

Erro dele. Não é um documentário, mas uma obra de ficção baseada em sua mãe. Nem tudo precisa ser exatamente igual à realidade.

O que fica é uma bela homenagem a Hebe Camargo.

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Hebe – A Estrela do Brasil
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INIGRESSO
Ficha técnica:
Ano
: 2019
Direção: Maurício Farias
Duração: 112 min.
Gênero: Drama
Elenco: Andréa Beltrão, Marco Ricca e Danton Mello

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