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Escritora e filósofa, Iris Murdoch era, e ainda é, uma referência na Inglaterra. Professora na Universidade de Oxford, na década de 50, ficou conhecida por sua militância de esquerda e pelo espírito libertário. Morreu em 1999, aos 79 anos. É ela quem dá o nome ao filme Iris, um encontro de quatro atores em excepcionais trabalhos, como raramente é possível ver nas telas.
Casada por 43 anos com John Bailey (que escreveu dois livros – A Memoir e Elegy for Íris – que deram origem ao filme), Íris sofreu no fim da vida com o Mal de Alzheimer. É este período que dá a largada ao filme. Além desta fase, descobrimos como a escritora e Bailey se conheceram e se casaram, ainda jovens. A Íris mais nova é vivida por Kate Winslet. A idosa é interpretada por Judi Dench. As duas são acompanhadas por Hugh Bonneville (Bailey novo) e Jim Broadbent (Bailey idoso).
Dench interpreta o papel mais drástico. Como uma mulher que vivia da inteligência e das palavras passa, em um sopro, a não ter mais memória? Até mesmo fisicamente a atriz ficou parecida com Íris (“Quando recebi uma foto de Dench no papel de Íris, custei a perceber que não era a atriz”, afirmou o Bailey real à época do lançamento). Mas Kate Winslet não deixa por menos. É ela a mulher à frente de seu tempo, a conquistadora, a amante. Já Bonnebille e Broadbent mandam tão bem que fiquei o filme todo na dúvida se eram dois atores ou apenas um.
Em um quarteto tão forte, é difícil eleger o melhor. Mas Broadbent (o Bailey idoso) é arrebatador como o cara que vê a esposa perdendo a razão e nada pode fazer. Em 2002 recebeu o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante. Dench e Winslet concorreram nos dois prêmios, mas foram derrotadas. Bonnevile em nada concorreu, mas merecia.
Um filme que é uma aula de interpretação, multiplicada por quatro.
Iris
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Direção: Richard Eyre
Elenco: Kate Winslet, Hugh Bonneville, Judi Dench, Jim Broadbent.
Duração: 90 min.
Gênero: Drama
Roteiro: Richard Eyre e Charles Wood, baseado em livro de John Bailey
Acho boa ideia, Renata. Procuro sempre colocar no texto, mas vale também na ficha técnica. Esse é de 2001.
Vou buscar. Danilo, o que vc acha de colocarem o ano do filme na ficha?