Killer Joe – Matador de Aluguel
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Confesso que tinha expectativas melhores com Killer Joe – Matador de Aluguel. Transformado em peça de teatro em São Paulo, o filme parecia a mim um roteiro intrincado, com elenco de primeira… quase impossível de dar errado. Não dá errado, o que seria um exagero, mas também não dá certo.
O jovem Chris precisa conseguir US$ 6 mil o quanto antes, caso contrário será morto. Ele pede ajuda ao pai, mais sem dinheiro que ele. Aí ele dá a sugestão que muda a vida de ambos: matar sua mãe, separada do pai, cujo seguro de vida vale US$ 50 mil. Para garantir o serviço, decidem contratar um especialista, Killer Joe, um policial por ofício, assassino nas horas vagas – ou o inverso.
Joe exige o pagamento à vista, mas Chris e seu pai não têm. Após conhecer a bela Dottie, irmã de Chris um tanto estranha (não se explica o que ela tem, mas é um tanto pensativa demais), Joe acerta um acordo: transa com a garota e recebe o pagamento depois.
É bom o roteiro no papel. Mas na tela fica um tanto desgastado. O trabalho do diretor William Friedkin (de O Exorcista) abusa, no bom sentido, de Matthew McConaughey, que leva o longa nas costas. Emile Hirsch (do espetacular Na Natureza Selvagem), geralmente também ótimo, é eclipsado por McConaughey e acaba perdendo o protagonismo (interpreta Chris). Thomas Haden Church (estourou em Sideways), o pai, e Juno Temple, a irmã, já se complicam, entregando interpretações um tanto quadradas.
Gina Gershon, que vive a madrasta de Chris, casada com seu pai, um papel secundário, ganha evidente destaque com o desenrolar da trama. A atriz manda bem.
Mas ela demonstra o problema do longa. É sempre evidente o que virá, até mesmo as cenas fortes. Não há surpresa. E tudo fica resumido à interpretação de McConaughey.
Killer Joe – Matador de Aluguel / Killer Joe
CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: William Friedkin
Elenco: Matthew McConaughey, Emile Hirsch, Juno Temple, Gina Gershon e Haden Church
Ano: 2013
Duração: 102 min.
