De cada nove pessoas condenadas à morte nos Estados Unidos, uma é inocente e, posteriormente à sentença, consegue provar isso na Justiça. Esse dado surge ao final de Luta por Justiça, completando o que o filme estrelado por Michael B. Jordan e Jamie Foxx escancara: há erros crassos em julgamentos de sentenciados à pena capital, muitos simplesmente motivados por racismo.

Em tela acompanhamos Walter McMillian (Foxx), conhecido como Johnny D., condenado pelo assassinato de uma garota de 18 anos no estado do Alabama, em 1987.

Trata-se de uma história real.

Após anos no corredor da morte, seu caso começa a ser analisado por Bryan Stevenson (Jordan), um advogado negro recém-formado em Harvard que inicia a carreia ajudando quem não tem acesso a uma defesa apropriada. Stevenson se alia a Eva Ansley (Brie Larson), com quem funda a Equal Justice Initiative.

O papel de Brie é um problema. Carece de um arco próprio. Está ali de maneira secundária e pouco se entende o objetivo quando aparece.
Mas esse é o único ponto negativo grave. O filme é muito interessante, mesmo que não inove no formato. As atuações de Foxx e Jordan são primorosas. Tanto na prisão, onde McMillian aguarda a morte com vizinhos de cela amigos, quanto no tribunal, o drama é afinado e cativa o espectador.

Um drama real que coloca em debate as sentenças de morte e o racismo estrutural.

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Luta por Justiça / Just Mercy
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Elenco: Michael B. Jordan, Jamie Foxx, Brie Larson
Direção: Destin Daniel Cretton
Ano: 2020
Duração: 136 min.
Gênero: Drama