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Cidadão Kane e Orson Welles são dois nomes que caminham juntos. Para muitos, o mais importante filme da história. E ele, também para muitos, o melhor diretor de cinema que já existiu, o artista mais versátil do século 20. Depois de Guerra dos Mundos, obra radiofônica que mobilizou os Estados Unidos em uma suposta invasão alienígena, Welles ganhou carta branca em Hollywood. E aí nasceu Cidadão Kane.
Mas não foi tão simples. E o que a Netflix traz agora é como Cidadão Kane virou realidade, não nas mãos de Welles, mas do roteirista Herman J. Mankiewicz, o Mank do título.
Com direção de David Fincher, o filme emula Cidadão Kane, todo em preto e branco e com idas e vindas no tempo. Enquanto Mank está numa cama escrevendo seu roteiro, em uma espécie de bunker montado para que ele chegue ao final da escrita, flashbacks da Hollywood glamurosa aparecem.
E aí surgem as críticas aos absurdos que os donos da indústria cinematográfica praticavam, com as mentiras e a perseguição a quem não se enquadrava à “ordem” de então. Mank tinha tendências de esquerda – e sofreu como um pária.
A origem de Mank é bem anterior, data dos anos 1990, quando o pai de David Fincher, o jornalista e roteirista Jack Fincher tomou Mank para si.
O longa está indicado a dez categorias do Oscar. Gary Oldman, que interpreta Mank, deve levar a estatueta para casa. Pelo menos, tem interpretação para isso.
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Mank
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Ano: 2020
Duração: 131 min.
Direção: David Fincher
Roteiro: Jack Fincher
Elenco: Gary Oldman, Charles Dance, Tom Burke, Lily Collins e Amanda Seyfried
Gênero: Drama