Nove Rainhas
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Cinema argentino precisa ter… Ricardo Darín. Só dá ele nos filmes dos hermanos. Não que isso seja ruim – ao contrário, o cara é muito bom. Depois de 11 anos consegui assistir a Nove Rainhas, mais um que ele protagoniza. Novamente o resultado satisfaz. Mas, como havia lido que este era um dos melhores títulos da história do país vizinho, fiquei um tanto decepcionado.
O filme é bom. Surpreende seu enredo de trapaças e conjecturas. Mas a surpresa vai até certo ponto. Como é comum neste tipo de filme, sabemos que o observado em tela não é a realidade – uma reviravolta virá. Por isso, quando os dois golpistas Marcos (Darín) e Juan (Gastón Pauls) se juntam, dá para perceber o que virá. Marcos é mais astuto, enrolador, comanda os pequenos golpes que a dupla começa a dar, até encontrar uma oportunidade de tirar o pé da lama. Juan é mais ingênuo, segue o que o outro diz. Claro que… (melhor não contar).
Nove Rainhas foi o primeiro filme que o diretor Fabián Bielinsky fez com Darín. Em seguida os dois gravaram Aura, o último filme de Bielinsky, que morreu em 2006. Nos Estados Unidos foi regravado como Criminal (171 aqui no Brasil), o que mostra que tem qualidade.
Repito: o filme é bom. Mas Darín, que tem no currículo os excelentes Um Conto Chinês, O Segredo dos Seus Olhos e O Filho da Noiva, já fez melhores.
Nove Rainhas / Nueve Reinas
CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Fabián Bielinsky
Elenco: Ricardo Darín, Gaston Pauls, Ignasi Abadal, Roberto Rey e Leticia Bredice
Gênero: Suspense
Ano: 2001
Também prefiro os outros filmes listados. É bom, mas fica atrás de O segredo dos teus olhos, um conto chinês e O filho da noiva. Mas serviu como uma boa estréia do ator mais famoso da Argentina.