Oppenheimer

Oppenheimer

Rating

5 out of 5
PARE TUDO E VÁ VER!

Total

5
5 out of 5

Oppenheimer é Christopher Nolan no auge. E olha que estamos falando do diretor do melhor filme de Batman e de A Origem, Interestelar, Insônia, O Grande Truque, Dunkirk e Amnésia, todos acima da média, na lista de melhores para muitos. Oppenheimer é incrível no roteiro, no elenco, no som, na fotografia… enfim, na direção como um todo. É uma obra-prima.

O que vemos em tela é a história do físico J. Robert Oppenheimer (Cillian Murphy), segundo Nolan, uma das pessoas mais importantes que já viveram, cuja invenção – a bomba atômica – marca um dos momentos mais terríveis da história da humanidade: a instantânea morte de 110 mil pessoas no Japão, além de, pelo menos, outra centena de milhares afetadas pela radiação.

Baseado no livro American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer, o filme entra na vida do “pai da bomba atômica”. Oppenheimer foi diretor do laboratório de testes de Los Alamos durante o Projeto Manhattan, vencedor de uma corrida entre Estados Unidos, Alemanha e União Soviética pela produção da primeira bomba atômica do planeta.

A invenção, inclusive, poderia destruir o planeta, instantaneamente. Porém, poderia também destruí-lo aos poucos. É aí que o longa ganha um de seus méritos.

A história rememorada por Nolan é a de cientistas em dúvida sobre o que seria melhor: derrotar o nazismo antes de o mundo ser tomado por eles ou abrir uma estrada sem volta de forças nucleares espalhadas pela Terra.

Uma vez que já sabemos como a história termina (será?), o trunfo de Oppenheimer é levar o espectador aos detalhes morais e históricos.

O filme tem três linhas do tempo. O desenvolvimento do Projeto Manhattan, um depoimento de Oppenheimer à uma comissão de segurança do governo federal (alguns anos adiante) que deseja transformá-lo em um párea e a possível entrada no Gabinete do governo do empresário e oficial naval Lewis Strauss, fundador da Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos. Esta última vem sempre em tom cinza.

Aqui entra um elenco recheado de estrelas, cada uma com um momento forte no filme. Strauss é interpretado por Robert Downey Jr., aparentando mais idade. Magistral. Ainda há Emily Blunt vivendo Kitty Oppenheimer, esposa do físico, e Florence Pugh como Jean Tatlock, apaixonada e amante – duas mulheres fortes que levam o cientista adiante.

O militar Leslie Groves, interpretado por Matt Damon, é quem escolhe Oppenheimer para chefiar o laboratório da bomba. Mais uma vez, Damon arrebenta. Gary Oldman e Sami Malek têm papeis menores, mas, como os demais, com cenas marcantes.

E, claro, Cillian Murphy, o protagonista. Contido, angustiado, inteligente, por vezes arrogante, outras vezes perdido. É a interpretação de sua carreira, até aqui.

“Ninguém se importa com quem criou a bomba, só com quem mandou jogar”, diz Oldman como o presidente dos Estados Unidos Harry Truman. É um dos exemplos das tantas frases marcantes.

Não tem como deixar de lado o som. Já uma “assinatura” de Nolan, ele explora o som de maneira quase que perfeita. É um filme para assistir no cinema. O som acompanha a fotografia estonteante, que na tela grande impacta muito mais.

Oppenheimer é um filme tão bom que têm alguns auges durante suas três horas de duração. O teste da bomba, o resultado da comissão de segurança, as revelações de Lewis Strauss e a conversa de Oppenheimer com Albert Einstein. Sim, o icônico físico tem lugar também neste pedaço da história do planeta Terra.

Um espetáculo.

______________________________________________________________________________________________________________

Oppenheimer
CLASSIFICAÇÃO: PARE TUDO E VÁ VER!: 5
Ficha técnica:
Direção:
Christopher Nolan
Roteiro: Christopher Nolan
Elenco: Cillian Murphy, Emily Blunt, Matt Damon, Gary Oldman, Florence Pugh, Robert Downey Jr. e Sami Malek
Duração: 150 min.
Ano: 2023
Gênero: Drama

Tags: Oppenheimer

Sobre o Autor

Escreva um Comentário

Seu endereço de e-mail não será divulgado.
Campos obrigatórios*