O pano de fundo de Party Girl é muito interessante. A protagonista é uma mulher de 60 anos que trabalha em um cabaré na fronteira entre França e Alemanha. É, digamos, um prostíbulo. Certo dia ela recebe uma proposta de casamento, ou seja, uma porta de saída desse duro trabalho, uma luz no fim do túnel. E aí o filme, digamos, “começa”.

O problema é que a obra demora para chegar nesse ponto. São 50 minutos de mulheres dançando, recebendo dinheiro de homens, bebendo. Um dia a dia no cabaré. E aí vem o pedido de casamento. Ok, até melhora a enrolação, mas não muito. E lá se vão mais 48 minutos de reflexões de Angélique, a senhora que vira noiva.

Angélique é uma “party girl”. Ela gosta de festas, viveu toda sua existência no ambiente de cabaré. É um “vício” ter uma vida desregrada. É óbvio que o melhor é sair dali, mas talvez não para ela.

É raro isso, mas o espectador fica com raiva da protagonista. Bom, pelo menos eu fiquei. Seu noivo é gente boa, seus filhos querem sua felicidade. Mas tem algo que a puxa para trás.

Ponto positivo do filme é entender que tem gente que é assim. Não adianta a vida dar oportunidade, a pessoa quer sempre voltar para o buraco, se acostumou a isso. E muitas vezes leva outros para o mesmo buraco. A produção, no entanto, poderia ser mais dinâmica, pelo menos um pouquinho. È devagar demais a reflexão de Angélique.

Uma pena. Uma ideia tão interessante que falha na execução.

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Party Girl
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica:
Direção: Marie Amachoukeli, Claire Burger e Samuel Theis
Ano: 2014
Duração: 95 min.
Gênero: Drama
Elenco: Angélique Litzenburger, Joseph Bour e Mario Theis