Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei

Rating

4 out of 5

Duca

Total

4

4 out of 5

Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei é um baita documentário. Narra da ascensão ao estrelato à morte no ostracismo – determinada pela imagem de “dedo-duro” – de um dos maiores, senão o maior, cantor do Brasil.

Wilson Simonal foi “o cara” da música nacional na década de 1960 e no início dos anos 1970. Os depoimentos do filme, lançado em 2009, confirmam suas qualidades. Tem Pelé, Chico Anysio, Miele, Jaguar, Ziraldo, Tony Tornado e Nelson Motta, além de, claro, seus filhos Simoninha e Max de Castro. É muita gente, todos falando bem dele… até a parte final. Aí surge Raphael Viviane, ponto-chave para o “outro lado” da história.

Simonal teve sua vida virada de cabeça para baixo quando, após ser acusado de ligação com o Departamento de Ordem Política e Socias (Dops), foi preso sob a suspeita de torturar Viviani, seu chefe de escritório (na obra ele é creditado como contador, função negada depois). Todo o caso é esmiuçado na parte final do documentário, quando Sandra Cerqueira, a segunda esposa do cantor, aparece para defendê-lo.

Se Simonal foi criminoso ou não, o documentário (do “Casseta e Planeta” Cláudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal) deixa para o espectador escolher. Os pontos bons do “Simona” estão lá, de uma maneira leve e moderna, passando em um piscar de olhos. Mas também toda a suspeita da tortura, com um depoimento convincente de Viviani.

Quem não sabe a história deste ícone musical, precisa urgentemente conferir. Quem já conhece, veja da mesma forma. Não vai se decepcionar. São raras as histórias como a de Simonal. Uma vida rica – em qualquer sentido da palavra -, impressionante, marcante. Honrada por um ótimo filme.

Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei

CLASSIFICAÇÃO: DUCA

Ficha técnica:

Direção: Cláudio Manoel , Micael Langer e Calvito Leal
Produção: Raul Schmidt e Roberto Berliner
Gênero: Documentário
Duração: 86 min.
Edição: Pedro Duran e Karen Akerman