A Forma da Água

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Guillermo del Toro é sinônimo de qualidade no cinema. O Labirinto do Fauno e Círculo de Fogo o credenciaram como um dos mais, senão o mais, criativo diretor e roteirista da Hollywood atual. Agora ele chega com A Forma da Água. É dito como o favorito para abocanhar uma série de Oscars. Na minha opinião, injustamente.
Não gostei. Fosse outro o diretor, o filme estaria renegado. Entendo a ode aos desajustados, às minorias, aos incompreendidos, aos outsiders. A interpretação de Sally Hawkins como a protagonista muda é magistral. Mas nem por isso o filme é bom.
Nos anos 1950 ou 1960, em plena Guerra Fria, a faxineira Eliza Esposito (Sally Hawkins) trabalha em uma base secreta do governo dos Estados Unidos, que inclui um laboratório comandado pelo militar Hoffstetler (Michael Stuhlbarg). Uma criatura capturada na Amazônia é levada para lá. Maltratada, começa a se afeiçoar a Eliza, que retribui.
É um belo romance. Sem mais.
Além da faxineira muda, há a amiga que mantém o casamento sem amor, o companheiro de moradia gay que é pintor de anúncios perdendo para a tecnologia (a fotografia) e, claro, a criatura incompreendida e escravizada.
Del Toro coloca todos em uma fábula. Mas pouco avança além do romance. Há buracos na história, que ele preenche com poderes à criatura, que vira uma espécie de deus.
Ah, há homenagem aos musicais de antigamente, ao cinema.Mas é mais um ponto deslocado deste filme.
O Brasil está presente com a Amazônia (origem da criatura) e com Carmen Miranda cantando.
É capaz de muita gente adorar. Eu já espero que Del Toro capriche mais no próximo roteiro.
A Forma da Água / The Shape of Water
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica:
Elenco: Sally Hawkins, Michael Shannon, Richard Jenkins, Doug Jones, Michael Stuhlbarg, Octavia Spencer, David Hewlett e Nick Searcy
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Guillermo del Toro
Ano: 2018
Duração: 123 min.
Gênero: Romance