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A Voz Suprema do Blues é o derradeiro filme de Chadwick Boseman. É também sua melhor interpretação – e olha que o ator americano, morto aos 43 anos por causa de um câncer no cólon, já entrou para a história do cinema como o Pantera Negra. Neste filme ele brilha e até Viola Davis fica ofuscada.

Baseado na peça de teatro Ma Rainey’s Black Bottom, A voz Suprema do Blues é um filme que respeita o espírito dos palcos. É quase um teatro filmado, com poucos atores, praticamente sempre fechado em único ambiente.

A história se inspira na figura real da cantora Ma Rainey, conhecida como a “Mãe do Blues”, para narrar um conto sobre a exploração da cultura negra na mão de produtores brancos.

Na Chicago de 1927, a protagonista interpretada por Davis entra em estúdio para gravar um disco, e em sua banda está Levee, o trompetista vivido por Boseman. Em meio a eles, dois executivos brancos da gravadora. Eis dois ambientes: os membros da banda tentando entender e controlar Levee e Ma Reainey em um duelo tenso com os executivos.

Davis é um dos maiores nomes da interpretação hoje em dia, mas passa do tom nessa interpretação. Não Boseman. A indicação póstuma ao Oscar foi uma bela homenagem, mesmo que não tenha ganho a estatueta. Entretanto, acima de tudo, a indicação foi justíssima.

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A Voz Suprema do Blues / Ma Rainey’s Black Bottom
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Duração: 94 min.
Gênero: Drama
Elenco: Viola Davis, Chadwick Boseman, Colman Domingo, Taylour Paige, Glynn Turman e Colman Domingo
Direção: George C. Wolfe
Ano: 2020