Calvário
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Começou o filme, esqueça. Calvário tem uma cena inicial avassaladora, que determina todo o restante do filme. Um padre ouve no confessionário: “eu vou te matar no domingo”. É só o começo das esquisitices do lugarejo do interior da Irlanda.
James é um padre tardio. Recorreu à batina já viúvo, com uma filha adulta. Tem ótimas intenções. Mas está cercado de rancor e confrontos. Como o título indica, se vê cada vez mais enredado em um martírio, como o vivido por Jesus Cristo e sua cruz no monte Calvário.
Cada fase do filme começa com o dia da semana. Até chegar o domingo do confronto com o confessor, o padre tenta ajudar a comunidade – e não se levar pela ameaça. Sua fé nas pessoas é inabalável – ou quase.
É um belo filme, em todos os sentidos. A fotografia é magistral, com as montanhas e o típico verde irlandês. Mas é belo também pela discussão: as pessoas são assim mesmo – negativas – ou há salvação?
O tema morte está quase sempre presente, e o padre envolvido. É o amigo dele, já idoso, que deseja se matar; um assassino que está na prisão e recebe sua visita; sua filha que chega à cidade com os pulsos cortados…
Brendan Gleeson está ótimo, em uma atuação magistral. Encarna o padre que não se mostra raivoso, mesmo vivendo em um caos. Sua filha é vivida por Kelly Reilly, que também vai bem.
Calvário / Calvary
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Ano: 2014
Direção: John Michael McDonagh
Elenco: Brendan Gleeson, Chris O’Dowd, Kelly Reilly, Aidan Gillen, Dylan Moran, M. Emmet Walsh, Isaach de Bankolé e Marie-Josée Croze
Duração: 102 min.
Gênero: Drama