Laranja Mecânica

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Pare tudo e vá ver! Mesmo que você não goste, terá assistido a um dos maiores clássicos do cinema. Escrevo sobre Laranja Mecânica. É polêmica pura. Filme da melhor qualidade.

Obra-prima de Stanley Kubrick (do estupendo Doutor Fantástico) baseada no livro de Anthony Burgess, o longa é viajante. De 1971, tem a maior quantidade de violência e nudez por cm² de película que já vi. Ok… exagerei, pois há alguns mais violentos. Mas este é “pesado” com uma classe impressionante. E por isso causa esta impressão. É ótimo, mas ao mesmo tempo causa indignação.

Se Laranja Mecânica ainda hoje dá o que falar (ou escrever, como neste caso), imagine quando foi lançado! Pleno início dos anos 1970! Aliás, é mais uma prova que a década foi a melhor do cinema.

Na primeira metade o filme é sobre os bandidos… e até parece que vai defendê-los. No período final, descamba para a viagem total, com a correção deles (será?). É aí que aparecem as principais críticas à obra. Será Laranja Mecânica um elogio ou um manifesto contra a violência? Fico com a segunda opção.

Ambientado em uma Inglaterra num período indefinido (moderna aos olhos dos anos 1970, mas não com naves e afins), o filme mostra a vida de Alexander DeLarge (Malcolm McDowell, em interpretação primorosa – fiquei surpreso em saber quem é ele hoje em dia), cujos gostos variam de leite e música clássica (Beethoven) a estupro e violência. Ele é o líder de uma gangue de arruaceiros, aos quais se refere como “druguis” (palavra originária do russo Drug – amigo). Alex narra o filme em “Nadsat”, um idioma que mistura o russo, o inglês e o cockney (dos habitantes de East End em Londres). Por exemplo, rozzer é polícia, drugo é amigo, chavalco é homem, moloko é leite. Alex é irreverente e abusa dos demais. É um bandido maluco, dos piores, dos mais aterrorizantes. Ele manda muito mal, pega pesado, cada vez mais.

Depois de atrocidades e mais atrocidades, Alex sofre um golpe e vai preso. E após dois anos pede para receber um tratamento em teste que promete regenerar os piores marginais. Tratado, reencontra suas vítimas e…

Bom, chega de contar a história. Assista. Eu já tinha visto partes, mas agora resolvi ver de cabo a rabo. E valeu muito.

Laranja concorreu a quatro Oscar em 1972 (Filme, Direção, Roteiro Adaptado e Edição) e três Globo de Ouro (Filme – Drama, Direção e Ator – Drama). Perdeu todos. Não precisava ganhar. Ele se basta.

Laranja Mecânica / A Clockwork Orange

CLASSIFICAÇÃO: PARE TUDO E VÁ VER!

Ficha técnica:

Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Stanley Kubrick
Elenco: Malcolm McDowell, Patrick Magee, Warren Clarke e Michael Bates
Duração: 138 min.
Ano: 1971

Categorias: Drama

Sobre o Autor

Comentários

  1. Marcelo
    Marcelo 26 julho, 2011, 18:38

    Mas não desista de Kubrick, Rê, existem obras bem legais como O Grande Golpe, Glória Feita De Sangue, Spartacus, 2001, Iluminado e Nascido para Matar. Evite apenas Barry Lyndon, esse é chato de doer.

  2. Marcelo
    Marcelo 26 julho, 2011, 18:29

    Se vc tivesse falando de 2001, até concordaria, q é um filme propositalmente feito pra confundir e pra cada um tirar suas próprias conclusões. Mas o Laranja até que é um filme simples. A giria q ele usa na verdade não influi em nada na história, por isso nem precisa tentar descobrir o q é drugue ou moloko, é mais para dar um sentido de alienação. É um filme denso, com um tema bem complicado liberdade individual x controle do estado, mas se for ver é mais acessivel q Lolita ou De Olhos Bem Fechados.

  3. Renata Rogatto
    Renata Rogatto 26 julho, 2011, 16:03

    Olha, pode falar? Concordo que seja uma obra-prima, clássico, influente e tudo o mais, porém achei confuso. Talvez Kubrick seja demais para a minha cabeça e eu tenha que ficar com comédias româticas da Kate Hudson.

  4. Marcelo
    Marcelo 25 julho, 2011, 21:53

    Putz, até hj não consigo escolher meu Kubrick preferido, esse, 2001, Iluminado ou Nascido para Matar. Filmaço!

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