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Olivier Nakache e Éric Toledano são os diretores de Intocáveis e Samba, ambos sucessos com Omar Sy como protagonista. Em Mais que Especiais eles não trazem o ótimo ator sensação francês e apostam no francês mais brasileiro do cinema, Vincent Cassel (que fala português, mora no Rio de Janeiro e é casado com uma brasileira). Troca-se o astro, mantém-se a qualidade.

Mais que Especiais traz a história de dois homens que dedicam suas vidas a crianças e adolescentes com autismo. Responsáveis por duas organizações sem fins lucrativos, que trabalham unidas, eles recebem pacientes graves, que em hospitais são tidos como incuráveis.

Aliás, a palavra “pacientes”, na verdade, pouco se aplica ao que ambos fazem. Eles tratam as crianças e adolescentes de maneira mais aberta, por meio de terapias alternativas, baseadas no carinho e na atenção.

É claro que é preciso ter cuidado com a abordagem do filme, que aponta que é possível gerar uma vida melhor às pessoas com autismo desde que se empregue dedicação 100%, algo que familiares e profissionais de saúde, no filme, não conseguem. Porém, pelo outro lado, a mensagem forte de necessidade de um olhar mais apurado aos problemas é necessária.

Não à toa o filme traz a burocracia francesa, com dois funcionários públicos, avaliando as empresas de cuidadores o tempo todo. As empresas não têm alvarás de funcionamento e isso pode levá-las ao fechamento, o que deixaria dezenas de pacientes graves sem cuidado adequado.

Apesar do tema pesado, a narrativa se desenvolve leve, bem ao estilo do que já se viu em Intocáveis e Samba. É o estilo da dupla Olivier Nakache e Éric Toledano. Eu gosto.

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Mais que Especiais / Hors Normes
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Ano: 2021
Duração: 115 min.
Gênero: Drama
Direção: Eric Toledano e Olivier Nakache
Roteiro: Eric Toledano e Olivier Nakache
Elenco: Vincent Cassel, Reda Kateb e Hélène Vincent