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Nomadland recebeu holofotes desde suas primeiras exibições nos festivais de Toronto e Veneza. No Oscar, abocanhou três estatuetas, de melhor filme, diretor e atriz. Justo, correto. É um baita filme.

Drama sobre nômades americanos, que vão de cidade em cidade na busca de emprego, o longa tem sua força na direção de Chloé Zhao, que mescla atores a amadores e coloca toda a responsabilidade nas costas de Frances McDormand, que segura a bronca com louvor.

Após o colapso econômico de uma cidade na zona rural de Nevada, nos Estados Unidos, Fern (Frances McDormand), uma mulher de 60 anos, entra em sua van e parte para a estrada, vivendo uma vida fora da sociedade convencional.

Fern mora em sua vã. Nega-se a gastar com hospedagem, já que o dinheiro é muito curto. Ela trabalha para ter o que comer.

Inspirado no livro de Jessica Bruder, que conta histórias verdadeiras, Nomadland é ficção, mas os atores amadores, na vida real nômades, lhe dão um ar de documentário. É um retrato honesto de uma parcela da população norte-americana que enfrenta, diariamente, perigos, frio e pobreza.

Ali´ás, conta-se que os nômades sequem conheciam, ou reconheciam, McDormand.

Chloé Zhao acerta no tom ao não apostar em um dramalhão sobre a vida dos nômades. É um estilo de vida difícil, mas há parceria. Escolha para alguns, única possibilidade para muitos.

Frances McDormand está absolutamente incrível. Ela é o centro de tudo. Não exagera, no ponto correto. Passa ao espectador dignidade.

O que se vê em tela é um filme singelo, que desperta o espectador para uma dura realidade entranhada nos Estados Unidos.

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Nomadland
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Ano: 2021
Gênero: Drama
Direção: Chloé Zhao
Duração: 108 min.
Elenco: Frances McDormand, David Strathairn e Gay DeForest