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Assassino por profissão, sem qualquer pudor, sentimento. Mais de 200 mortes em seu dia a dia, entre o café da manhã e o jantar com suas amadas esposa e duas filhas. Richard Kuklinski, o Homem de Gelo deste filme dirigido pelo israelense Ariel Vromen, que trouxe ao cinema essa história real nada glamourizada.

Vromen co-escreveu o roteiro com Morgan Land a partir da biografia The Iceman: The True Story of a Cold-Blooded Killer (Anthony Bruno) e do documentário The Iceman Tapes: Conversations with a Killer (de Jim Thebaut). O que se vê em tela é um realismo incomum, com um protagonista muito bem conduzido por Michael Shannon.

Kuklinski é um homem de poucas palavras. Tem nitidamente um problema de convívio social, mas é na esposa (Winona Ryder) que se agarra para ter uma vida “normal”. Compram uma casa, têm filhas, assistem à televisão em grupo. É em família que ele relaxa o semblante.

Quando sai de casa, sempre está alerta. Seu trabalho – e ele é competente – é matar quem a máfia deseja.

O elenco recheado de estrelas ainda tem David Schwimmer (o Ross da série Friends), Ray Liotta (o mafioso Roy Demeo), James Franco (uma vítima) e Chris Evans, um assassino que ensina a Kuklinski o que se tornaria sua marca na vida real (no filme é pouco relevante esse ponto): congelar corpos. Aliás, o longa traz que suas mortes seriam cerca de cem, não duzentas.

O diretor Vromen prefere, acertadamente, não endeusar o criminoso. Traz um filme interessado nele, mas longe de se apaixonar por ele.

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O Homem de Gelo / The Iceman
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:

Duração: 105 min.
Gênero: Suspense
Direção: Ariel Vromen
Elenco: Michael Shannon, Winona Ryder, James Franco, David Schwimmer, Ray Liotta e Chris Evans
Ano: 2012