O Homem Duplo
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Ainda na saga de assistir aos filmes de Richard Linklater, cotado para abocanhar uma série de categorias no Oscar 2015, peguei O Homem Duplo. Não é seu melhor longa, mas perto do que vi antes – Waking Life – é um espetáculo.
Quem não sabe ou não se lembra, Linklater é o “pai” da trilogia iniciada por Antes do Amanhecer. Lançado em 2007, O Homem Duplo é passado em “um futuro próximo”. Em uma sociedade totalmente policiada, foi desenvolvido um sistema de disfarce, sob o qual Bob Arctor atua como informante da polícia.
Enquanto passa dados sobre seus amigos mais próximos, Bob acaba recebendo ordens para investigar sua própria vida e embarca em um pesadelo.
Os nomes famosos saltam aos borbotões. Keanu Reeves, Winona Ryder, Robert Downey Jr. e Woody Harrelson contracenam sob uma espécie de película de animação. É algo semelhante ao desenvolvido para Waking Life, mas com um roteiro decente. Chama-se Rotoscopia Digital: as cenas são rodadas com atores e posteriormente são cobertas por desenhos.
Fica claro que Linklater decidiu usar a técnica para facilitar o disfarce do protagonista e outros personagens. Resultado bacana. A pessoa muda de rosto e roupas a cada instante, sem permitir que alguém consiga saber o que é real.
O livro o qual O Homem Duplo tem origem, homônimo, foi escrito com base nas experiências com drogas do autor Philip K. Dick. Há no enredo uma superdroga, a Substância D.
Na década de 1990 o diretor Terry Gilliam demonstrou interesse em adaptar o livro. Em outra ocasião, Charlie Kaufman chegou a escrever um roteiro adaptado, mas seu trabalho foi descartado quando o projeto mudou de mãos.
Longe de estar no nível da trilogia de Antes do Amanhecer, O Homem Duplo até entretém, até vale o ingresso.
O Homem Duplo / A Scanner Darkly
CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Ano: 2007
Duração: 100 min.
Direção: Richard Linklater
Elenco: Keanu Reeves, Winona Ryder, Robert Downey Jr., Woody Harrelson, Rory Cochrane e Christopher Ryan
Gênero: Animação / Ficção Científica