O Jogo da Imitação

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O Jogo da Imitação é um belo filme. Não é novidade que Hollywood corra atrás de personagens reais para mostrar grandes feitos, vidas amorosas, percalços até o sucesso. Há tudo isso neste longa metragem com Benedict Cumberbatch e Keira Knightley nos papeis principais. Mas há também uma história pouco difundida, que mudou a Segunda Guerra Mundial. E aí ganha-se muitos pontos.
Alan Turing, um gênio da matemática com 27 anos, conseguiu encurtar ao conflito mundial em, estima-se, cerca de dois anos – poupando 14 milhões de vida. Ele é o inventor de uma máquina (bisavó do computador) capaz de decodificar as mensagens trocadas pelos alemães, via Enigma, que criptografava as ordens e Adolph Hitler e seus comparsas em 159.000.000.000.000.000.000 combinações.
Se você sabia disso, parabéns. Eu não sabia… até assistir ao longa.
Todo segredo por trás da construção da máquina torna o filme empolgante. A história ficou cerca de 50 anos enterrada e veio à tona recentemente. Cumberbatch está ótimo como protagonista, e até Keira Knightley vai bem.
Além do drama em perder milhares de vidas diariamente enquanto não se consegue decifrar os códigos alemães, a vida íntima de Tuning é exposta. Gay, ele tem de sofrer para seu segredo não aparecer aos retrógrados do exército.
O casamento entre três tempos para contar a história – na adolescência de Turing, durante a guerra e alguns anos à frente – é bem feito e mantém constante a apreensão em saber o que virá.
É claro que já se imagina o sucesso da empreitada… mas aí vem um drama que pode ser até maior do que a incapacidade em construir a máquina enquanto a guerra acaba com vidas.
É filme de primeira, pelo ineditismo. Mas também pela capacidade de contar essa boa história.
O Jogo da Imitação / The Imitation Game
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Ano: 2015
Duração: 115 min.
Direção: Morten Tyldum
Elenco: Benedict Cumberbatch, Keira Knightley, Matthew Goode, Rory Kinnear, Charles Dance, Matthew Beard, Allen Leech e Mark Strong
Gênero: Drama