Querô

Querô

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3.5 out of 5
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Jerônimo é o nome do personagem principal de Querô. Mas poucos o tratam assim. Seu apelido é Querô porque sua mãe, prostituta, de tanto beber, confundiu querosene com cachaça, e morreu. Seu pai é desconhecido. Seu amigos, inexistentes. Ele, um garoto bandido.

É dentro de um mundo à beira do porto de Santos que Querô – o filme – é apresentado. Mundo de violência, prostituição, roubos, assassinatos. Baseado em livro de Plínio Marcos, tem como imensa vantagem ser protagonizado por garotos que viviam – e ainda vivem – no local. Mesmo com a presença de Maria Luísa Mendonça (a eterna Buba), Milhem Cortaz (o 02 de Tropa de Elite) e Ailton Graça (de tantos filmes e novelas, como Carandiru), a obra brilha por causa de Maxwell Nascimento – o protagonista – e seus colegas de oficinas de teatro.

Sim, colegas de oficinas de teatro, pois todos os meninos do filme foram selecionados entre 1.200 que se inscreveram para participar. Quarenta foram escolhidos e passaram por aprendizados intensivos. Depois das filmagens – ponto para quem tem teve esta ótima iniciativa – a ONG Oficinas Querô surgiu (vale visita ao site), utilizando o cinema como ferramenta para estimular novos talentos e dar voz a jovens pobres.

O filme tem seus pecados – como a intensa mania do cinema nacional em glamourizar a bandidagem e a baboseira de soltar sem necessidade um palavrão por minuto. Mas nada que tire seu principal valor: bem construído, mostra que o Brasil tem talentos de sobra (como Maxwell, que venceu prêmios e partiu para Malhação) e sabe fazer cinema, seja atuando ou seja no comando de um filme.

Querô

CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO

Ficha técnica:

Duração: 90 min.
Gênero: Drama
Direção: Carlos Cortez
Roteiro: Carlos Cortez, baseado no livro Uma Reportagem Maldita – Querô
Elenco: Maxwell Nascimento, Leandro Carvalho, Eduardo Chagas, Ângela Leal, Ailton Graça e Maria Luisa Mendonça
Produção: Gullane Filmes

Categorias: Drama
Tags: Querô

Sobre o Autor

Comentários

  1. Dani Sampaio
    Dani Sampaio 5 fevereiro, 2011, 17:57

    Não tinha como não ter palavrão, é do Plínio Marcos!!! E o que mais assusta, é que a história original é da década de 70 e ainda está tão atual.

  2. Marina Sampaio
    Marina Sampaio 13 outubro, 2010, 20:38

    Quando eu fizer um filme eu nao vou colocar nenhum palavrao! rs

    Quero muito ver esse!

  3. Angélica Vilela
    Angélica Vilela 13 outubro, 2010, 16:46

    O filme é muito bom, mesmo com tanto palavrão. Mas acho que valia, pelo contexto. Mas o melhor de tudo foi o filme ter gerado o projeto no qual a minha amiga Fernanda Lanza trabalha. Como sei que ela é garota séria, tenho certeza que o projeto também é. Então, se precisarem fazer vídeos profissionais, não deixem de procurar o Querô.

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