Virando o Jogo
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O elenco é bom: Keanu Reeves, Gene Hackman e Jon Favreau. O tema é esporte, que eu gosto. A sinopse… até interessante. Mas quando Virando o Jogo começa já se vê que tudo isso é engolfado por um roteiro (do pouco conhecido Vince McKewin) para lá de ruim.
Logo de cara o filme começa mal. Há uma greve no futebol americano e o dono de um time em Washington tem a solução: trocar de técnico e “convocar” jogadores amadores. Vem o cara que está preso e sabe roubar bolas, o policial durão que atropela todo mundo, o jogador de futebol galês que chuta forte, o segurança de loja que corre muito (atrás de ladrões e da bola) e, claro, o quaterback que sofreu uma desilusão na universidade e, por isso, não vingou profissionalmente. É irreal demais, fraco demais. Tem a cara da Sessão da Tarde, mas é pior.
É pior porque também parece tecnicamente um filme b. De 2000, tem imagens ruins, pouca ousadia nos enquadramentos e preocupação em só fazer o básico.
E os clichês vão se somando na tela. O herói (o quaterback, interpretado por Keanu Reeves) sai da fumaça para iniciar sua redenção. Surge uma cheerleader linda que conquista o coração dele. Os grevistas se transformam em arruaceiros só para tentar tirar o sucesso do novo time. E alguém tem dúvida que os caras se darão bem?
O melhor do filme é Jon Favreau, que vive o policial durão que passa por cima dos adversários. É um touro louco, quase maluco. Gene Hackman e Reeves cumprem seu papel. Só têm culpa de terem embarcado na empreitada errada. Talvez 15 anos atrás fosse necessário. Foi o último filme de Jack Warden, o dono do time, que aparece bastante no início, mas some no desenrolar da trama.
Virando o Jogo / The Replacements
CLASSIFICAÇÃO: NEM A PAU, JUVENAL!
Ficha técnica:
Roteiro: Vince McKewin
Direção: Howard Deutch
Elenco: Keanu Reeves, Gene Hackman, Orlando Jones, Brooke Langton, Faizon Love, Jon Favreau e Jack Warden
Ano: 2000
Duração: 118 min.
Gênero: Comédia
