A Fonte das Mulheres
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O francês Radu Mihaileanu dirigiu o ótimo O Concerto. Resolvi ver A Fonte das Mulheres por causa dele. Se no primeiro eu esperava um drama e assisti a uma comédia, com toques drmáticos, neste eu esperava algo leve e recebi um filme forte. O melhor é que o francês sempre agrada.
Uma aldeia em algum país do Oriente Médio, com poucas dezenas de pessoas, passa por uma crise causada, principalmente, pela falta d’água. Esse passa a ser o menor problema quando uma de suas habitantes, Leila, vinda de outra aldeia, organiza um motim feminino para quebrar uma regra machista: as mulheres devem buscar água na fonte acima da montanha. Elas decretam greve de sexo até que os homens tirem as bundas das cadeiras.
É claro que os homens odeiam a ideia. Mas mais do que isso: eles se apegam ao islamismo, a pseudo-regras do Corão, para contra-atacar e tirar delas o que ainda há de liberdade. Pior: o grupo grevista tem de enfrentar a ira das que não entraram no movimento e lutar firme para que a violência dos homens não vença.
A veterana atriz Biyouna é a que mais agrada com a personagem Velho Fuzil. É a sustentação da jovem Leila, interpretada pela francesa e linda Leïla Bekhti. Destaque também para o “duelo cântico” em eventos que reúne as aldeias- elas dizendo a verdade por meio da música, eles perdidos – e para a “libertação” diante dos turistas, que nada entendem.
Inteiramente falado e cantado em dialeto marroquino, A Fonte das Mulheres agrada mulheres, claro, e homens, desde que tenham a mente aberta.
A Fonte das Mulheres / La Source des Femmes
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Direção: Radu Mihaileanu
Roteiro: Radu Mihaileanu
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 135 min.
Elenco: Leïla Bekhti, Biyouna, Hafsia Herzi, Saleh Bakri, Hiam Abbass e Mohamed Majd