Animais Noturnos

Animais Noturnos

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4 out of 5
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Tom Ford é um nome cultuado na moda. Revitalizou a Gucci e em 2005 montou sua própria grife. Em 2009 enveredou para o cinema dirigindo Direito de Amar, um péssimo título em português para A Single Man. No fim de 2016 voltou à carga com Animais Noturnos. Ponto para ele, que agora é sucesso em duas carreiras.

Vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Veneza, o longa foi esnobado pelo Oscar – somente Michael Shannon concorreu como Ator Coadjuvante. Besteira. É muito bom. Cruza três histórias com apenas dois personagens, em três camadas. E faz isso de maneira clara, com tensão em todas.

A primeira história, a que somos imersos já no início, é passada no presente: uma artista plástica não recebe atenção de seu segundo marido e, ao receber a prova de um livro do primeiro marido, remexe num passado que gostaria de esquecer.

Este passado é a segunda história. Recém adultos, ambos se amam, mas ele é rejeitado pela mãe dela.

A terceira camada é uma espécie de universo paralelo: é a história do livro entregue, e dedicado, à artista plástica.

O que se vê na tela é uma mistura que dá liga. Não há linearidade, proposta de Tom Ford que agrega ao longa.

E como o filme é bonito. As roupas, obviamente, são estilosas. Mas todo o filme tem uma fotografia enxuta e certeira. A cena de abertura com mulheres obesas é marcante, e casa com o trabalho da artista plática.

A protagonista Amy Adams foi injustiçada no Oscar, assim como Jake Gyllenhaal, em seu melhor papel.

Ford prova que é uma força do cinema, na mesma trilha do que se tornou para a moda.

 

Animais Noturnos / Nocturnal Animals

CLASSIFICAÇÃO: DUCA

Ficha técnica:

Ano: 2016

Duração: 117 min.

Direção: Tom Ford

Elenco: Amy Adams, Jake Gyllenhaal, Michael Shannon e Aaron Taylor-Johnson

Gênero: Drama

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