Blade Runner 2049
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Blade Runner 2049 chega ao cinema não apenas para contentar fãs de Blade Runner – O Caçador de Androides, de 1982. Os saudosistas, sim, vão adorar. Mas o novo filme justifica sua existência solo, ao ampliar conceitos sobre a humanidade, trazendo questionamentos pertinentes.
São 2 horas e 43 minutos de filme. É muito. Poderia ser um tantinho menor. Mas este é o único senão (outro poderia ser a data 2049, 20 anos depois da história original, pois agora em 2017 percebe-se que dificilmente o mundo será assim daqui a 22 anos. Ms isso releva-se).
A história gira em torno de um novo replicante, K (Ryan Gosling). Os replicantes são seres sintéticos – robôs avançados – que assumem degradantes trabalhos humanos nas colônias espaciais e em uma Terra onde se vive atolado de tecnologia, inclusive com agricultura de alimentos sintéticos.
A Tyrell Corporation, originalmente responsável pela criação dos replicantes, foi comprada por Niander Wallace (Jared Leto), que os melhorou e, assim, conseguiu colocá-los por todo o planeta. A versão antiga deles – os chamados Blade Runners – são agora caçados, considerados rebeldes. E os humanos? É preciso intuir onde estão e quem são. Mas beleza está em encontrar humanidade nos seres artificiais. Joy, uma espécie de namorada de K, é o melhor exemplo.
Philip K. Dick criou toda esta história ao escrever em 1968 “Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?”. Em 1982, Hampton Fancher e David Peoples adaptaram o livro e responderam. Agora, novamente há uma resposta.
Denis Villeneuve é o diretor, assumindo o lugar de Ridley Scott, desta vez produtor-executivo. Como em A Chegada, Villeneuve usa planos contemplativos parte dar beleza à obra. São, digamos, três atos. O primeiro é a descoberta de K sobre ele mesmo. Em seguida vem a busca pela verdade. A última é a luta pela justiça.
Deckard, o personagem icônico de Harrison Ford, demora a aparecer. Mas quando vem o filme ganha seu melhor resultado. O terço final é assombroso. É quando aparece mais ação – e isso não significa que se perca significado. Há uma sequência na água de entrar para a história cinematográfica.
Fãs vão ficar em êxtase com referências diretas e indiretas ao Blade Runner original, fracasso de bilheteria e crítica em seu lançamento, mas que ganhou importância ao longo dos anos. Mas estes mesmo fãs têm tudo para gostar da sequência por mais do que nostalgia. Não só os fãs.
Blade Runner 2049
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Direção: Denis Villeneuve
Roteiro: Hampton Fancher , Michael Green
Elenco: Ryan Gosling, Harrison Ford, Robin Wright, Dave Bautista, Ana de Armas, Mackenzie Davis e Sylvia Hoeks
Ano: 2017
Duração: 163 min.
Gênero: Ficção Científica
Amei!