Sempre ao Seu Lado

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O filme faz valer a máxima de que uma história mediana bem contada vale mais do que uma excelente histórial mal contada. Drama inspirado em fatos reais, Sempre ao Seu Lado traz uma história de fato belíssima, porém com um roteiro fraco.
A boa notícia é que o cachorro não fala e a má notícia é que ele aparece tanto que cheguei a desejar que ele falasse… (o que indica que Renata Rogatto não arremessará objetos pontiagudos na tela da TV)
Assisti ao filme embalada pelas críticas (todas!) muito positivas. E todas acompanhadas do alerta: se prepare, porque você vai se acabar de tanto chorar!
Meu histórico me condena e não são raras as ocasiões em que deixo a sala de cinema com vergonha e cobrindo o rosto, tamanho o dramalhão, o choro, os soluços… o fato é que contra as estatísticas, não derramei uma lágrima sequer.
Sempre ao Seu Lado transborda sensibilidade, mas peca no ritmo… levando em conta que atualmente animais de estimação têm por vezes mais privilégios que as pessoas, fica fácil entender por que tanta gente chorou. A história é de fato emocionante no quesito relação homem-cachorro, mas não vai muito além disso. Faltou criatividade. Ainda que a obra esteja amparada em fatos reais, elementos não faltam ao cinema para torná-la atraente.
A trama é baseada em uma história que ocorreu no Japão, entre um cachorro da raça Akita e seu dono, um professor da Universidade de Tóquio. Uma relação de lealdade que levava o animal a acompanhar seu dono diariamente à Estação de Trem e esperá-lo em seu retorno. Descoberta inicialmente por um repórter, a história foi levada para as salas de aula do Japão, como exemplo de amizade e lealdade.
Pesquisando, descobri que trata-se de uma refilmagem de Hachikô Monogatari, filme japonês da década de 80, que conta a história entre Hidesaburo Ueno e seu cão, Hachiko. (Não, não assistirei a versão japonesa, porque imagino o ritmo pacato somado ao áudio em japonês e me vejo procurando uma janela).
Na versão atual e ocidentalizada, a história acontece nos Estados Unidos, na década de 90. A rotina é de uma família norte-americana comum, classe média alta, que mora em uma cidade tranquila, interiorana. Uma casa, gramado, um cachorro. Richard Gere é Parker Wilson, um professor de música que viu sua vida ganhar um sentido a mais ao lado do cachorro, encontrado acidentalmente na Estação de Trem.
Ele tenta achar o dono, mas sem sucesso e já apegado ao animal, ele fica com o cachorro… O filme se desenrola basicamente na rotina de idas e vindas do professor com seu amigo de estimação. E é esse um dos pontos mais cansativos.
No mais, Sempre ao Seu Lado deixa o exemplo de lealdade e amor que, acredito, só mesmo os animais conseguem dedicar ao homem. Nós mesmos ainda não somos capazes de feitos tão grandes.
Sempre ao Seu Lado/Hachiko – A Dog’s Story
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha Técnica:
EUA , 2009 – 93
Drama
Direção:
Lasse Hallström
Roteiro:
Stephen P. Lindsey
Elenco:
Richard Gere, Joan Allen, Cary-Hiroyuki Tagawa, Sarah Roemer, Jason Alexander, Erick Avari
Olha, queimei minha lingua. Gostei bastante do filme. Eu também não gosto de filme com bichos, mas este é legal.
Eu adorei o filme, e pela primeira vez vou discordar da Flavia. Achei que o ritmo lento do filme era exatamente o necessário – afinal o filme fala de espera, de esperança de um cachorro. Passei vergonha no cinema de tanto chorar, e continuo preferindo pessoas a animais. Mesmo assim, mesmo não gostando mto de filmes de cachorros achei esse pra lá de emocionante.
Não trabalho com filmes com animais.
Tenho preguiça em relação a filmes com cachorro… Mas gosto das histórias japonesas, pois são sempre centradas nas relações humanas, mesmo que usando animais.
Mas por que as pessoas acham que o Richard Gere fará filme bom? Isso nunca ocorreu! E não seria agora.