A Negociação
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Richard Gere é um canastrão. Essa é minha opinião. É raro lembrar de um bom filme dele. Uma Linda Mulher é exceção. Não só. Agora, a Negociação também.
Gere vive Robert Miller, um milionário que está prestes a vender sua empresa para um grande banco e deseja fazer isso da forma mais rápida possível, para evitar que uma fraude sua seja revelada. Ele divide suas atenções entre a “família perfeita” e sua amante. É a típica história de “desgraça pouca é bobagem”. Além de a negociação não deslanchar, ele provoca um acidente de carro após dormir ao volante. A amante, que o acompanhava, morre – e ele foge do local da capotagem.
Daí para frente o personagem de Gere tenta ocultar suas trapaças. É interessante ver como ele vai se enrolando, mas ao mesmo tempo abrindo brechas. Ele se agarra a expectativas, mas o cerco vai se fechando.
Gere tem sua melhor atuação em vários anos. Ousando, acredito que tem “a” sua melhor interpretação. Ele passa a sensação de aflição do personagem. Ele segura a onda em grandes momentos de diálogos. “O mundo é frio” é a percepção de Miller colocada para fora em palavras.
Outro nome de peso é Susan Sarandon, que interpreta sua esposa. Ela, diferentemente dele, sempre vai bem. Laetitia Casta é a amante. Tresloucada, morre cedo. Tim Roth é o investigador de polícia, bem também. A novidade é Nate Parker, a pessoa que pode incriminar o protagonista. O rapaz segura a bronca.
Há cenas fortes, tanto de produção, como o acidente, quanto de encontros e embates entre os personagens. Um baita filme, mesmo com Richard Gere, devo admitir, com um final bem interessante.
A Negociação / Arbitrage
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Ano: 2012
Direção: Nicholas Jarecki
Roteiro: Nicholas Jarecki
Duração: 100 min.
Elenco: Richard Gere, Susan Sarandon, Tim Roth, Nate Parker e Laetitia Casta
Gênero: Suspense