Aqui é o Meu Lugar
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Qual é o seu lugar na vida? É o que pergunta e tenta responder “Aqui é o meu lugar”. Sean Penn “é” o filme. E isso é ótimo, pois ele quase sempre manda bem.
Penn interpreta o cinquentão Cheyenne, ex-astro da música que passa por um (longo) período de ostracismo e vive de aplicações na bolsa de valores. O visual dele é uma mescla de Robert Smith, do The Cure, mas com a leseira atual de Ozzy Osbourne, do Black Sabbath, no seu jeito de andar e falar. A esposa dele, inclusive, lembra Sharon Osbourne.
A rotina dele é interrompida quando recebe a notícia que o pai, moribundo, quer vê-lo, depois de décadas de separação. Não dá tempo. Ao descobrir que o velho desejava se vingar do carrasco nazista que o torturou em Auschwitz, o filho começa uma caçada atrás do alemão.
Mais do que um road-movie, o filme mostra uma jornada de autoconhecimento e descobertas de Cheyenne. Para os ligados em música, as referências são dos anos 1980, desde um cartaz do grupo Bauhaus até o título original (This Must Be The Place), tirado de uma canção do Talking Heads, cujo David Byrne interpreta ele mesmo no longa e dá até uma canja. Destaque para a conversa de Cheyenne com um menino afirma que This Must Be The Place é do Arcade Fire (banda do anos 2000), enquanto o músico ensina que se trata de um cover da Talking Heads, criada 30 anos antes.
De início o filme parece ser lento. Mas depois que a busca pelo nazista começa, conquista. Não é o melhor filme de Penn. Mas é bem bom.
Aqui é o Meu Lugar / This Must Be The Place
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Ano: 2012
Duração: 118 min.
Direção: Paolo Sorrentino
Elenco: Sean Penn, Frances McDormand, Judd Hirsch, Kerry Condon e Harry Dean Stanton
Gênero: Drama