Um Doce Olhar
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Vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim. Lá fui eu assistir. A primeira cena de Um Doce Olhar resume o que veremos em todos os 103 minutos. Yakup e seu burro aparecem lá longe, no meio da floresta, e andam em direção à câmera. Andam, andam, andam… nada de fala. Aí ele, um apicultor que coloca colméias na copa de árvores, decide subir para fazer seu trabalho. E aí já se vão 10 minutos que poderiam ser resumidos em 30 segundos.
Um Doce Olhar é o típico filme chato de festival, todo lento e contemplativo. Não tem um objetivo. Diz-se como um filme sobre o amor incondicional. Até é, mas de uma maneira chata.
Só não é horroroso devido à excelente escolha do Bora Altaş para interpretar o protagonista Yussuf. Ele é ótimo, tem um olhar cativante, é doce. Daí talvez venha o nome traduzido em português, pois mais uma vez os brasileiros decidiram ignorar o Mel da tradução literal de Bal.
Aliás, o projeto é o terceiro da trilogia de Yussuf, que foi feita em ordem cronológica inversa. Cada um dos filmes turcos foi exibido em um grande festival europeu. Yumurta (Ovo) estreou em Cannes em 2007. Süt (Leite) teve sessões em Veneza, em 2008. E Bal ganhou em 2010 em Berlim.
Em resumo, a história aborda o amor que o menino sente pelo pai, que decide ir longe para tentar ganhar dinheiro com sua profissão.
Talvez com a história completa, dos três filmes, eu passe a gostar mais de Um Doce Olhar. O difícil é ter coragem de encarar os outros dois.
Um Doce Olhar
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica:
Direção: Semih Kaplanoglu
Roteiro: Semih Kaplanoglu
Elenco: Bora Altaş, Erdal Besikçioglu, Tülin Özen e Alev Uçarer
Ano: 2010
Gênero: Drama
Concordo plenamente! Muito chato e força a barra para ser "cult".